quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um país que não se conhece

No dia nove de março deste ano, o baterista Thomas, da banda Restat, fez a lamentável declaração em um programa de TV quando perguntado onde não havia tocado ainda, dizendo que gostaria de tocar ma Amazônia pois não sabia “como é o público de lá [Amazônia], não sei nem se tem gente, civilização”, isso só mostra que vivemos em um país que ainda não se conhece e muitas vezes nem faz questão de se conhecer, abaixo segue um post sobre Cândido Rondon, que ajudou o Brasil a se colocar no mapa, e olhar para si mesmo.

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em 5 de maio de 1865, em Mimoso, próximo a Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, ficou órfão muito cedo perdendo o pai antes de seu nascimento e a mãe quando tinha dois anos. Foi criado por um tio de quem herdou o sobrenome "Randon".


Em 1889, ingressou na Escola Superior de Guerra e participou do movimento político-militar no Rio de Janeiro que derrubou a monarquia e instituiu o regime republicano no país.

O novo governo tinha preocupação com a região oeste do Brasil, muito isolada dos grandes centros e em regiões de fronteira. Assim decidiu melhorar as comunicações construindo linhas telegráficas para o Centro-Oeste.
Rondon cumpriu essa missão desbravando mais de 50.000 quilômetros de sertão, abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos do terreno e principalmente estabelecendo relações cordiais com os índios, ficando conhecido por sua frase célebre: "Morrer se preciso for, matar nunca".




Em 1910, ele fundou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), o primeiro órgão do governo a tratar da questão indígena. Em 1967, a Funai iria substituir o SPI.

Além dessas conquistas territoriais, as expedições de Rondon também contribuíram para que quinze novos rios viessem a figurar em nossos mapas, como resultado de suas explorações fluviais; o Museu Nacional enriqueceu-se com vinte mil exemplares de nossa fauna e flora, devidamente inventariados; enorme área de quinhentos mil quilômetros quadrados foi integrada ao espaço brasileiro; e foram compilados, num total de setenta volumes, relatórios alusivos à Biologia, Geologia, Hidrografia e todos os aspectos das regiões antes desconhecidos.

Morreu em 1952, aos 52 anos no Rio de Janeiro.

E enquanto isso, em 2011 o Thomas ainda não sabe se tem gente lá...

The Showman

Ele não devia ter dado certo, e muita gente acreditava que realmente não daria.

Thomas Alva Edison, não nasceu rico, não estudou em boas escolas e não teve uma vida prestigiada, mas mesmo assim conseguiu fazer muito mais que as pessoas de sua geração nas mais diversas áreas, assim como um Leonardo da Vince, teve uma imaginação fértil e ativa que voava para muitos campos ao mesmo tempo. Foi ele o inventor da lâmpada elétrica e do fonógrafo, do microfone e do projetor de cinema, coisas muito distantes umas das outras.
Mas isso não foi fácil além de projetar seus inventos ele os testava diversas vezes até se dar por satisfeito, chegou a testar 50 vezes um projeto antes de aprová-lo.
Sem dúvida alguma seu “filho” mais conhecido é a lâmpada acesa pela primeira vez em 21 de outubro de 1879, a lâmpada brilhou 45 horas seguidas. Edison não pregou olho enquanto isso. Quando, tendo já aperfeiçoado o invento, convidou um repórter do New York Herald para contar a boa nova, foi mais que uma consagração. Edison passou a ser chamado de mágico e gênio para cima. Tornara-se provavelmente o homem mais admirado do mundo. Mas nada havia de mágica naquilo e sim anos de estudo aplicado a uma ideia.
O que pensar em momentos desses, que ele teve sorte, que foi acaso, que era um predestinado?
Nem um, ou tudo isso, mas de fato Thomas Edison foi uma luz lutando pelo que acreditava durante toda a sua vida.
Morreu em 1931, aos 84 anos, certo de algumas verdades básicas. Como a de que "pensar é um hábito que ou se aprende quando se é moço ou talvez nunca mais". No dia de seu enterro, todas as luzes dos Estados Unidos foram apagadas durante um minuto.